23 de julho de 2008

Admito: sou loira

Hoje vou utilizar esta coisa maravilhosa que é a tecnologia do séc. XXI e a world wide web para partilhar com o mundo (!) algumas das coisas que eu pura e simplesmente não consigo compreender e que me tiram o sono. Agradeço todas as tentativas de resposta às minhas dúvidas insurmontáveis mas estou como a princesa da outra história: duvido que haja alguém que me consiga surpreender…

Passo então a listar (longamente) e advirto que as minhas dúvidas balançam entre o campo político, o da moda e o mais que vier à rede.

1) O esgar do Marcelo Rebelo de Sousa.
Alguém me consegue explicar o que é aquilo? Não é um sorriso com certeza porque o dito Professor pontua os mais dramáticos comentários com aquele repuxar de face que me arrepia de medo… Estou em crer que o senhor é parente do Joker, o arqui-inimigo do Batman – é que aquilo não pode ter outra explicação.

2) O cabelo do Paulo Portas…
Mas esse eu já deixei de tentar compreender. Recorri a todos os meus contactos com conhecimentos capilares e garanto-vos que ninguém me sabe dizer se aquilo é capachinho, implante, permanente ou um mamífero em agonia (neste último caso, talvez seja melhor alertar a Protectora dos Animais). De qualquer das formas, seria melhor o Sr. Deputado Paulo Portas partilhar o segredo com o seu colega Diogo Feyo porque, para aqueles lados, começa a parecer a barragem do Alqueva em pleno Alentejo.

3) Os biquinis de peças diferentes.
Tenho calafrios de cada vez que vejo uma parte de cima aos quadradinhos vermelhos com uma parte de baixo às bolinhas douradas. Eu sou instruída, vejo revistas e desfiles de moda, percebo os corsários, percebo a razão de ser dos compensados de plástico, até dou de barato as bandeletes às bolinhas brancas e as paranóias das adolescentes por acessórios com a Puka ou a Kitty… mas biquinis que não combinam, tenham dó! Tão pouco tecido e tanta falta de gosto.

4) O pré-estágio da pré-época do campeonato português de futebol.
O Benfica (ou para o mesmo efeito, qualquer um dos restantes ‘grandes’ clubes portugueses) vai jogar com os Matacães de V.N. da Rabona, perde e ainda assim tem direito a primeiras páginas nos jornais desportivos e 15 minutos no jornal da noite!? Mas o mundo do futebol é inextrincável e vai merecer, nos próximos tempos, vários posts sobre os seus paradoxos, paradigmas e dialécticas.

5) As tias que vão para a praia carregadinhas de oiro.
Sou capaz de lhes apontar uma série de razões para não o fazerem: podem ver-se involuntariamente levadas nalgum arrastão protagonizado por jovens delinquentes acalorados, correm o risco de se afogar caso entrem no mar (sim, porque sendo verdadeiro o oiro é pesadito), ficam com as marcas do bronzeado delineadas pelos cordões, pendentes, pulseiras e anéis, enfim… A única explicação que encontro e me parece minimamente plausível é uma vontade inconsciente de serem confundidas com uma arca do tesouro e terem a sorte de ver aparecer o Jonny Depp.

6) Porque é que os Delfins, se acabaram de vez, insistem em fazer mais uma tournée?
Não é necessário, garanto-vos! Merecem descanso, gozar a reforma, fazer férias (permanentes) nos Barbados, venderem à MTV os direitos de difusão das imagens dos seus apartamentos de estrela do pop (queriam eles, hihihi!!), qualquer coisa. Se decidissem parar efectivamente por agora, as pessoas ainda podiam ficar com uma réstia de nostalgia, como aconteceu quando morreu o Jim Morrison ou o Ottis Reding ou outros que nos deixaram inesperadamente. Assim, só vamos mesmo é contar os dias que faltam para os Delfins meterem a viola ao saco.

Estas são apenas algumas das questões ontológicas com que me debato actualmente. Acho, no entanto, que vou passar a ter esta rúbrica 'Admito: sou loira' actualizada semanalmente porque desde que os Monty Python deixaram de produzir, o Universo parece muito mais difícil de compreender...


Sem comentários: