27 de agosto de 2008

Veraníssimo

A minha incursão pelo Verão está a terminar.

Já se publicitam os últimos festivais de música, os biquinis estão mais baratos que um maço de tabaco e o saldo da minha conta anuncia o fim do investimento na indústria das bebidas espirituosas.

No meio de tanta festa, concerto e noitada, consegui escapar a 4 operações stop (duas na mesma noite), depois de dar por mim com sentimentos suicidários - consequência de várias horas a desrespeitar a distância de segurança que se deve manter dos concertos de reggae.

Montei e desmontei tendas, gastei as havaianas no caminho para a praia, perdi o carro no parque de estacionamento de um certo festival no alentejo, matei o meu telemóvel com areia e água do mar.

Ouvi alguém procunciar 'Quando eu fizer o meu próprio Sudoeste..." e fiquei com muito medo. Fui empurrada, atirada e pisada pela massa humana indefinida e fiz mosh a 10 centímetros de um sujeito de 140kg. Dei cabo dos tímpanos e dos pés na pista de dança.

Dancei em cima da coluna na discoteca da moda, no meio das amigas. Fui a jantares de aniversário e festas temáticas - felizmente, porventura sinal da crise económica, ninguém se casou (o que também significa que não houve despedidas de solteira). Gastei o equivalente ao orçamento anual de um pequeno país africano em bebidas brancas.

Constipei-me várias vezes e concluí, de uma vez por todas, que apesar de toda a conversa sobre o aquecimento global, Portugal ainda não é um país tropical.